O Conde de Linhares mandou construir, no topo de um monte,
uma igreja e convento inaugurados em 1618, dando origem,
mais tarde, à vila de São Francisco da Barra
do Sergi do Conde, uma homenagem ao padroeiro e ao proprietário
das terras. O prestígio da Vila era tamanho que o
Imperador D. Pedro II, em visita às províncias
da Bahia, criou a primeira escola de agronomia da América
Latina para estimular o ensino agronômico e criar
vantagens para a lavoura em ascensão.
A história do Brasil Colonial está
nos inúmeros engenhos, sobrados e igrejas - ou o
que resta deles -, em meio à mata e canaviais, na
zona rural do município, terceiro instalado no Recôncavo
Baiano. As palmeiras imperiais, símbolo de identificação
com a Corte, estão por toda parte. Hoje, a extração,
processamento e o refino do petróleo são a
principal atividade econômica do município
que não perdeu suas características de cidade
bucólica à beira-mar, com seu porto de canoas
e seu belo casario colonial contrastando com uma orla marítimo-fluvial
urbanizada e moderna.
A canoa como meio de transporte, a técnica
das mulheres marisqueiras, a habilidade na pesca, no preparo
do peixe assado na folha de banana, nos mingaus de farinha
de milho e de tapioca fazem parte do legado deixado pelos
Tupinambás e os Caetés Negros, os primeiros
habitantes. Vila das mais antigas do Brasil, São
Francisco do Conde teve suas origens nas terras doadas em
sesmarias, pelo segundo Governador Geral do Brasil, Duarte
da Costa. Em seguida, Mem de Sá, o terceiro Governador
Geral do Brasil, doou a seu filho Francisco de Sá,
as terras que, com a sua morte, passaram para Felipa de
Sá, também filha do governador e casada com
D. Fernando de Noronha Linhares, o Conde de Linhares. Inúmeros
engenhos se instalaram na região iniciando o ciclo
da cana-de-açúcar e o desenvolvimento econômico
da região.
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