A capela de Santo Amaro e o Solar Paraíso
foram as primeiras construções do que viria
a ser a primitiva área urbana da cidade. A região
era habitada pelos índios Caetés, Pitiguaras
e Carijós. A primeira povoação, entretanto,
nasceu às margens do rio Traripe, próxima
ao mar, em 1557. A morte trágica de um jesuíta
tornou o local amaldiçoado e fez os moradores, já
na segunda metade do século XVII, se transferirem
para as proximidades do rio Subaé onde os padres
Beneditinos construíram a capela. A zona rural chegou
a ter 61 engenhos e inúmeras casas de farinha, construídos
à medida que o desenvolvimento chegava com a produção
do açúcar, da farinha e do fumo.
A partir de 1700 o povoamento, nascido
em volta da capela de Santo Amaro, deslocou-se para a praça
de Nossa Senhora da Purificação, onde estão
a Matriz e a Casa de Câmara e Cadeia. A cidade cresceu
acompanhando o rio Subaé e a estrada que cruzava
o rio e seguia paralela à sua margem. O município
foi criado com o nome de Vila de Nossa Senhora da Purificação
e Santo Amaro. Em sua história, Santo Amaro se destacou
em movimentos de emancipação como a Revolução
dos Alfaiates, as lutas pela Independência e a Guerra
do Paraguai.
Terra de artistas, Santo Amaro presenteou
o Brasil com filhos ilustres como Caetano Velloso, Maria
Bethânia, o artista plástico Emanuel Araújo,
entre outras personalidades que tornaram famosa a terra
morena do valente mestre capoeirista Besouro Cordão
de Ouro e do mestre do maculelê, Popó. A poetisa
Mabel Velloso, outra ilustre santamarense, define Santo
Amaro como “pedacinho mais antigo do Recôncavo
Baiano. Do seu massapê nasceram as canas mais doces
e as mais doces estórias. Muita gente já contou
e cantou coisas desses canaviais e muitos contaram e cantaram
sem saber que assim procedendo legavam ao futuro uma lição
bonita de uma terra bonita”.
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