É um dos principais símbolos de
Salvador. Durante a época da escravidão, era o
lugar onde os escravos eram castigados. A praça é
cercada por várias casas antigas no mais puro estilo
colonial, entre elas o casarão da Fundação
Jorge Amado e igrejas como a Igreja do Rosários dos Homens
Pretos e Catedral Basílica, dois grandes exemplos da
arquitetura da época da colônia.
O Pelourinho é um capítulo à parte na
visita a Salvador, antes ponto de prostituição,
venda de drogas e violência, o local atualmente reúne
restaurantes com o melhor sabor da culinária baiana,
artesanato, arquitetura barroca, religião, centros
culturais e o legítimo batuque do Olodum.
Na condição de primeira capital
da América Portuguesa, Salvador cultivou a mão-de-obra
escrava e teve os seus pelourinhos várias colunas fixadas
em áreas públicas para expor e castigar criminosos.
Instalados originalmente em pontos como o Terreiro de Jesus
e as atuais praças Tomé de Souza e Castro Alves
como símbolo de autoridade e justiça, acabou
emprestando o nome ao conjunto histórico e arquitetônico
do Pelourinho - parte integrante do Centro Histórico
da cidade .
A construção de igrejas, solares
e sobrados no local intensificou-se no século XVII,
período em que os grandes proprietários rurais
manifestavam seu poderio aristocrático na arquitetura
das residências. As edificações das ordens
religiosas e terceiras e os sobrados suntuosos que passaram
a rodear o Terreiro de Jesus no século XVIII refletiam
a estratificação social da cidade. No século
XIX, o comércio tomou gradativamente as antigas residências
do Taboão e alastrou-se pelo Centro Histórico.
Diversos profissionais liberais passaram a trabalhar e a residir
na área e os aristocratas deslocaram-se então
para outros pontos da cidade, contribuindo para a instalação
de inúmeros prostíbulos em casas de cômodos
que deterioraram-se com o tempo.
O Pelourinho também é fonte
de inspiração e palco para artistas brasileiros
e estrangeiros - como Caetano Veloso e Paul Simon e até
mesmo Michael Jackson já gravou cenas de um clipe lá.
O centro histórico de Salvador também reúne
alguns do melhores restaurantes e dos bares mais movimentados
da cidade.
A efervescência cultural toma conta
do novo e multicolorido Pelourinho, principalmente através
do projeto Pelourinho Dia & Noite, que se realiza em diversas
praças e ruas do bairro. O programa leva ao público,
diariamente e com entrada franca, bailes e espetáculos
de música e teatro para todos os gostos.
O batuque pode, às vezes, ser substituído
pelo reggae, o ritmo que tem dominado a preferência
de nove a cada dez baianos, mas vale procurar. As terças-feiras
são reservadas a shows e à benção
(missa) que atrai vários religiosos e em seguida une-se
ao profano como o ensaio do Olodum dentre outros shows , atraindo
assim milhares de pessoas nas ruas e praças do Pelourinho.
Mas é no Pelourinho que Salvador reúne
sua maior riqueza, revelada nos detalhes arquitetônicos,
nas igrejas e nas casinhas coloridas, que se dedicam e vivem
de turismo. Localizado no centro histórico de Salvador
e tombado pelo patrimônio da humanidade da Unesco (Organização
das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura), o Pelourinho é considerado
atualmente um grande shopping a céu aberto por oferecer
atrações artísticas, musicais e opções
de bares, restaurantes, lojas de roupas, artesanatos e jóias,
museus, teatros e igrejas, entre outros.
A praça XV de Novembro, mais conhecida
como Terreiro de Jesus por causa da Igreja dos Jesuítas
(atual Catedral Basílica), mantém características
urbanas dos séculos passados. Sobrados ricamente adornados
e três igrejas testemunham a época áurea
em que Salvador foi capital da colônia. No centro da
praça, um chafariz de origem francesa (1855), todo
em ferro fundido, representa a deusa Ceres, da agricultura.
Depois de anos de abandono e deterioração,
o Centro Histórico de Salvador - tombado como Patrimônio
da Humanidade e pela Unesco - ressurgiu com toda sua beleza
arquitetônica. Cerca de 800 casarões coloniais
foram recuperados, servindo como ponto de partida para a revitalização
econômica, social e cultural da área.
Sua recuperação ainda não
foi concluída por estar sendo feita em etapas. Os prédios
dos séculos 17 e 18 foram divididos em grupos. A maior
parte dos imóveis restaurados fica no Pelourinho, Terreiro
de Jesus, praça da Sé e ladeira do Carmo.
Salvador nasceu no Pelourinho
Logo que chegou aqui, Tomé de Souza
tratou de cumprir as ordens do rei, fundando a cidade cujo
nome homenageia Jesus Cristo - o Salvador, no melhor ponto
para a construção da "cidade fortaleza",
o hoje chamado Pelourinho, local ideal de suas pretensões.
As razões que levaram a escolha do
Pelourinho são bastante claras. É a parte mais
alta da cidade, em frente ao porto, perto do comércio
e naturalmente fortificada pela grande depressão existente
que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura,
por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria
a defesa de qualquer ameaça vinda do mar.
Em poucos anos, Tomé de Souza construiu
uma série de casarões e sobrados, na parte superior
dessa muralha, todas inspiradas, evidentemente, na arquitetura
barroca portuguesa e erguidos com mão de obra escrava
negra e indígena. Para dar maior proteção
à cidade, o Governador Geral limitou o acesso a apenas
quatro portões, estes totalmente destruídos
durante as tentativas sem sucesso, de dominação
da cidade no séc. XVII. |