No Séc XIX, o som que mais ecoava pelas
ladeiras de Salvador era o som do dobrar dos sinos de suas
matrizes. Logo no alvorecer, as igrejas convidavam, através
destes sons, seus fiéis para a primeira missa do dia.
As horas também soavam pelos sinos que, em dias de
festa, acompanhando a atmosfera da cidade, tornavam-se mais
ouriçados.
Nesta cidade, que leva o nome do Salvador, concentram-se
tantas igrejas que, sejam elas suntuosas ou humildes, tradicionais
ou inovadoras, fazem com que o soteropolitano sinta-se mais
próximo dos céus e, de fato, abençoado
por todos os santos.
Há quem conte que na cidade existam 365 igrejas, uma
para cada dia do ano. As igrejas tiveram importante papel
na povoação da cidade e na consolidação
do Império Português, pois cada uma delas reunia
um povoado fazendo assim com que, em 1887, já fossem
registradas 79 matrizes.
A igreja de Nossa Senhora da Graça foi construída
a mando de Catarina Paraguaçu. A primeira igreja da
cidade é a da Ajuda, também conhecida como a
Sé de Palha e construída pelos jesuítas.
A primeira capela foi a de Nossa Senhora da Conceição,
construída por Thomé de Souza, logo quando aportou
na Baía de Todos os Santos. A igreja em si foi pré-fabricada
em Portugal e importada anos depois.
Salvador abriga um grande número de templos católicos.
Alguns são verdadeiras obras de arte, construções
seculares que carregam traços de diferentes povos e
culturas. São exemplos memoráveis a Igreja da
Ordem Terceira de São Francisco, único exemplar
no Brasil com fachada em pedra lavrada (origem do barroco
espanhol); Nossa senhora do Rosário dos Pretos, construída
pelos negros, possuindo um cemitério de escravos em
seu interior; N. S. do Bonfim, a mais famosa por reverenciar
o protetor dos baianos e a Catedral Basílica, sede
do Bispo no Estado.
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